Arajet quer revolucionar mercado da aviação na América Latina, aponta CEO

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Arajet Boeing 737 MAX 8
Boeing 737 Max 8 da Arajet em Santo Domingo (Foto: Gabriel Magacho/Papo de Aeroporto)

Recém chegada ao Brasil, a companhia low-cost Arajet sediada na República Dominicana tem como meta oferecer passagens baratas para o Caribe e diversos destinos na América do Norte.

Desde o final do mês de setembro, brasileiros que adoram economizar ao viajar para fora do país passaram a contar com mais uma companhia aérea low-cost no leque de opções. Fundada em 2022 em Santo Domingo, capital da República Dominicana, a Arajet conta com uma meta ambiciosa para os próximos anos: conectar 59 destinos na América Latina e transportar anualmente cerca de sete milhões de passageiros, de acordo com o CEO e fundador da empresa, Victor Pacheco, em entrevista exclusiva ao Papo de Aeroporto.

Na visão de Pacheco, um dos principais objetivos da companhia aérea é possibilitar que seus passageiros viajem de maneira extremamente econômica para o Caribe e outros destinos na América do Norte. Tal iniciativa somente seria possível, portanto, ao transformar Santo Domingo em um novo hub de conexões aéreas das Américas.

Um dos nossos grandes pilares é poder contar com a infraestrutura de nosso aeroporto. Temos um consórcio entre a AeroDom e a Vinci Airports da mesma maneira que acontece, por exemplo, em muitos aeroportos no Brasil. Ambas possuem bastante experiência e estão comprometidas em continuar investindo na expansão do terminal conforme nossa expansão se encaminha”, afirma o CEO.

Arajet CEO Victor Pacheco
CEO da Arajet, Victor Pacheco, em entrevista ao Papo de Aeroporto (Foto: Gabriel Magacho/Papo de Aeroporto)

Operando atualmente com uma moderna frota de cinco aviões do modelo Boeing 737 Max 8 configurados para 185 passageiros, a low-cost dominicana oferece aos brasileiros três voos semanais, que decolam às 05:40h da manhã do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras.

Já os voos de volta saem de Santo Domingo (SDQ) às 19:20h aos domingos, terças-feiras e quinta-feiras. O tempo total de voo é aproximadamente 07h15. Os viajantes ainda podem optar por comprar assentos premium, em configuração 2-2, por cerca de $80 USD. Entretanto, os assentos no estilo “executiva” não devem durar muito tempo, de acordo com Pacheco.

Assentos Arajet
Na esquerda, assentos premium da Arajet. Na direita, assentos da econômica do Boeing 737 Max 8 da empresa. (Foto: Gabriel Magacho/Papo de Aeroporto)

“Os atuais assentos premium não serão mantidos. Isso começa a mudar com os novos aviões que serão introduzidos de forma gradual em nossa frota, que passarão a contar com a capacidade de transportar até 189 passageiros em classe única. A previsão é retirar esses assentos maiores quando nossos atuais aviões entrarem no Check C. A ideia central dessa decisão é manter a competitividade no sentido geral, para que nossos passageiros possam contar com aeronaves novas e  confortáveis”, ressalta Pacheco.


Passagens para os EUA devem chegar em breve!

A empresa aérea dominicana também pretende entrar, nos próximos meses, em um dos mercados mais competitivos e disputados pelos consumidores brasileiros. De acordo com a brasileira Flávia Maffei, General Counsel e Chief Compliance Officer da Arajet, os planos da empresa para o mercado americano se iniciam no próximo ano.

Estamos finalizando o acordo de Open Skies com os Estados Unidos. Após esse passo, a ideia é começar a voar para destinos como Nova York, Miami e San Juan (Porto Rico), nos quais já possuímos autorização para tal. Depois disso, ainda pretendemos voar para 17 destinos no país. Então os brasileiros vão estar bem servidos nas rotas entre Santo Domingo e Estados Unidos“, assegurou.

Arajet Rafael Castro Victor Pacheco Flavia Maffei
Flavia Maffei, Conselheira e Diretora de Compliance da Arajet, Rafael Castro e Victor Pacheco, Fundador e CEO da Arajet.

Ainda no tópico de expansão de operações, a low-cost também está estudando adicionar voos para outros destinos no Brasil, de acordo com o CEO. “O Brasil é muito grande. No momento, estamos analisando quais destinos são mais viáveis, mas certamente teremos muitas oportunidades em cidades como Manaus e Rio de Janeiro. Nossa prioridade é que os brasileiros sintam que a Arajet também é, de certa forma, uma companhia ‘brasileira’, de maneira que nós possamos ajudar a conectar melhor o Brasil com a América Latina”, projeta Pacheco.


Stopover em Santo Domingo está sendo desenhado com governo local, assegura CEO da Arajet

Além de promover Santo Domingo como um novo centro de conexões para a América Latina, outra prioridade da Arajet é desenvolver o próprio turismo da cidade, que encanta por seu lado histórico e cultural geralmente desconhecido pela maioria dos turistas.

Começamos com uma grande promoção de Santo Domingo como um destino para os viajantes, porque muitos não conheciam a cidade, apenas conheciam Punta Cana quando pensavam na República Dominicana. Somos a primeira cidade da América, com a primeira Catedral, com diversas homenagens a Cristóvão Colombo. Nesse sentido, o nosso segundo maior objetivo é trabalhar com o governo do país para iniciar o programa de Stopover. Existem muitos países que estão ajustando políticas e regulamentos para permitir essas iniciativas, e creio que todos vão se beneficiar bastante deste programa“, avalia Pacheco

Arajet Santo Domingo Zona Colonial.
A Zona Colonial de Santo Domingo é tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO (Foto: Papo de Aeroporto)

Vale lembrar que a companhia também oferece a seus passageiros que possuam destino final Punta Cana a possibilidade de comprar, em anexo à passagem aérea, uma conexão direta com a cidade conhecida por seus resorts famosos por meio de ônibus que sai direto do Aeroporto Internacional das Américas, em Santo Domingo.


Confira como foi a experiência do Papo de Aeroporto voando com a Arajet: